terça-feira, 30 de novembro de 2010

País tem 290 milhões de hectares de florestas públicas cadastradas


Área de florestas públicas cadastradas aumentou 21% em relação ao ano passado, mas 64 milhões de hectares ainda não têm destinação. Manejo florestal e manutenção da cobertura florestal é forma de mitigar mudanças climáticas.
O Brasil tem hoje 290 milhões de hectares de florestas públicas cadastradas pelo Serviço Florestal Brasileiro. A atualização de 2010 do Cadastro Nacional de Florestas Públicas (CNFP) mostra que houve um aumento de 21% em relação aos números do ano passado. Os números não significam criação de novas florestas públicas e sim que o Brasil começa a conhecer pelo cadastramento quais são e onde estão suas florestas.
A maior parte das florestas públicas se concentra na Amazônia. Aquelas que já foram destinadas a algum uso são maioria e contam 226 milhões de hectares. As terras indígenas somam 111 milhões de hectares, seguidas pelas unidades de conservação, com cerca de 105 milhões de hectares, sendo 60% federais e 40% estaduais. Os assentamentos públicos da reforma agrária ocupam em torno de 10 milhões de hectares.
Embora a porcentagem de florestas públicas destinadas seja alta em torno de 80% das áreas já cadastradas – ainda restam 64 milhões de hectares sem uso regulamentado.
Concessões florestais - Levantamentos do Serviço Florestal apontam que pelo menos 10 milhões de hectares de floresta que estão sem destinação poderiam dar origem a novas florestas nacionais passíveis de concessão florestal, instrumento que permite o uso sustentável da floresta ao mesmo tempo em que a mantém em pé.
“É preciso dar prioridade para o aproveitamento dessas áreas por meio de florestas nacionais. Precisamos ter metas e cenários claros para atingir a sustentabilidade da produção madeireira na Amazônia por meio das concessões florestais, e essas metas devem ser consolidadas em 2011″, afirma o diretor-geral do Serviço Florestal, Antônio Carlos Hummel.
Segundo Hummel, a resposta às mudanças climáticas passa pelo manejo florestal, associado ao fortalecimento da economia florestal sustentável. As florestas precisam ser vistas como oportunidades de desenvolvimento, sem perda da ampla gama de serviços ambientais agregados.
Floresta e clima – Em 2009, na Conferência das Nações Unidas sobre Clima (COP-15), o Brasil apresentou metas ousadas para o corte na emissão de gases do efeito estufa entre 36% e 39% -, além da redução de 80% no desmatamento da Amazônia até 2020. Com o início da COP-16 nesta segunda-feira (29/11), aumenta a importância da discussão que envolve florestas e mudanças climáticas.
“As florestas públicas representam enormes estoques de carbono armazenados em sua biomassa, que se não conservados pelas unidades de conservação e terras indígenas estariam sendo emitidos para a atmosfera através da conversão em outros tipos de uso da terra”, afirma a diretora de Pesquisa e Informação Florestal do Serviço Florestal, Cláudia Azevedo Ramos, responsável pela gestão do CNFP.
Em regiões como a Amazônia, a maior extensão de floresta tropical do planeta e onde se concentram as maiores áreas de floresta pública, a floresta tem papel relevante na imensa produção de vapor d’água e, portanto, no ciclo hidrológico da Terra. Só esses fatos já tornam o Brasil um importante ator para o equilíbrio climático e para a mitigação do aquecimento global.
Para o diretor-geral do Serviço Florestal, Antônio Carlos Hummel, a proteção e o uso sustentável das florestas públicas são medidas importantíssimas para reduzir o desmatamento, evitar a produção ilegal de madeira e evitar emissões de carbono. “Mas é preciso, ainda, nos apropriarmos das florestas públicas não destinadas, dando-lhes uso definido e segurança para permanecerem floresta e tê-las como aliadas na mitigação das mudanças climáticas”, afirma.
O Cadastro Nacional de Florestas Públicas, interligado ao Sistema Nacional de Cadastro Rural do Incra, é elaborado desde 2007 e reúne dados do Cadastro Geral de Florestas Públicas da União e dos cadastros de florestas públicas dos estados, municípios e do Distrito Federal.
As informações são consolidadas à medida que novos dados são disponibilizados pelas instituições parceiras, o que faz do Cadastro um banco de dados dinâmico. Foi desta forma que o número de florestas públicas aumentou de 193 milhões em 2007 para 210 milhões em 2008, 239 milhões em 2009 e 290 milhões em 2010.


(ambientebrasil/MMA)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Conferência discute aumento de lixo na Europa


O volume cada vez maior de dejetos nas lixeiras dos europeus é o principal tema de discussão da segunda edição da Semana da Redução do Lixo, que começou no sábado, em Paris, com o objetivo de promover a segurança ambiental.
Reduzir o volume de lixo tem uma ligação direta com uma diminuição dos gastos de energia e poluição.
Conferências, jogos pedagógicos e oficinas sobre como fazer compostagem doméstica fazem parte do programa com mais de 4.000 eventos previstos em 16 países que participam desta campanha de sensibilização patrocinada pela Comissão Europeia.
“Evidente, não será com apenas duas edições da ‘Semana da Redução do Lixo’ que alcançaremos uma diminuição de lixo mais intensa. Este é um trabalho de longo prazo, mas que deve ser colocado em andamento”, explicou Valérie Jouvin, um dos organizadores do evento.
O objetivo é promover a reflexão cidadã sobre o acúmulo e a reciclagem do lixo produzido diariamente.
Em 2008, um europeu produzia em média 524 kg de lixo por ano, ou seja, 10 kg por semana. Na ausência de medidas sérias, essa cifra pode alcançar uma trajetória ascendente. Até 2020, a Europa geraria 50% de lixo a mais do que em 1995, segundo dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico).


(ambientebrasil/folha.com)

Governo do Rio e BID discutem financiamento para projetos de despoluição da Baía de Guanabara


O financiamento de R$ 800 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para o estado do Rio de Janeiro foi discutido nesta segunda-feira (22) em reunião entre técnicos do banco e da Secretaria do Ambiente. O dinheiro é para ser investido em projetos de saneamento da Baía de Guanabara, que contará ainda com recursos de R$ 430 milhões liberados pelo governo fluminense.
De acordo com a secretária do Ambiente do Rio, Marilene Ramos, a reunião é importante para mostrar ao pessoal do BID a amplitude dos projetos. “Essa missão do BID é de pré-aprovação desse acordo de empréstimo entre o governo do estado e o banco para financiar o programa de saneamento ambiental dos municípios do entorno da Baía de Guanabara. O governo do estado, dentro dos compromissos firmados com o Comitê Olímpico Internacional para as Olimpíadas de 2016, tem um compromisso da melhoria da qualidade da água da baía e a despoluição do sistema lagunar da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá”, afirmou.
A secretária também informou que o pedido de financiamento precisa passar ainda pelo processo de avaliação da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), ligada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. “Nós estamos com a carta-consulta na Cofiex para a aprovação, mas temos que aguardar a reunião da Cofiex em meados de dezembro”.


(ambientebrasil/ Agência Brasil)

Santos (SP) promove a Semana da Biodiversidade


Até o próximo sábado, dia 27, a cidade de Santos, no litoral paulista, promove a Semana da Biodiversidade. Estão programados eventos e atividades abertas ao público em diversos pontos da cidade.

Amanhã, 24, será realizado o Seminário Técnico “AS CORES DA BIODIVERSIDADE”, das 8h às 19h, na Associação de Engenheiros e Arquitetos.

Confira abaixo a programação, divulgada pela Secretaria do Meio Ambiente:

QUINTA-FEIRA (25/NOV)
Evento: Conscientização na praia.
Horário: 8h às 12h e 15h às 18h.
Local: Escola de surf municipal (Posto 2).
Público alvo: alunos de surfe e outros esportes; usuários da praia.
Envolvidos: SEMAM, SEMES (escola de surf), ONG GREMAR (MV Andréa Maranho), Projeto Albatroz.
Atividades: apresentação de vídeos e jogos cooperativos.

SEXTA-FEIRA (26/NOV)
Evento: atividades conscientização na praia.
Horário: 8h às 12h e 15h às 18h.
Local: Escola de Surfe Municipal (Posto 2).
Público alvo: alunos da escola e usuários da praia.
Envolvidos: SEMAM, SEMES (escola de surf), ONG GREMAR (Andréa Maranho), Projeto Albatroz.
Atividades: apresentação de vídeos e jogos cooperativos.

SÁBADO (27/NOV)
Evento: Encerramento da Semana da Biodiversidade
Horário: 14h às 18h.
Local: Emissário Submarino.
Público alvo: aberto.
Envolvidos: SEMAM, SEMES (autorização), Ecosurfi, Arte no Dique.
Atividades: Seminário da Ecosurfi, Show do Arte no Dique e Banda Santa Areia. Roda de Conversa com Secretário Fábio Nunes.

(ambientebrasil)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Resíduos sólidos: em busca da solução sustentável


O Banco Mundial aprovou, neste mês de novembro, empréstimo de US$ 50 milhões para o Projeto Integrado de Gestão de Resíduos Sólidos e Financiamento de Carbono da Caixa Econômica Federal. Segundo o Bird, o objetivo do financiamento é apoiar a redução da poluição, das emissões de gases do efeito estufa e dos impactos negativos sobre o meio ambiente e a saúde relacionados ao descarte não sustentável de resíduos sólidos. A estimativa do banco é que o Brasil gasta, por ano, US$ 2,2 bilhões na gestão dos resíduos sólidos.
O objetivo do projeto da Caixa Econômica Federal é fechar até seis lixões até 2015, construir aterros sanitários modernos, aumentar em 4.000 toneladas por dia o volume de lixo enviado para aterros sanitários ambientalmente sustentáveis, desenvolver instalações alternativas para o tratamento do lixo e integrar o financiamento de carbono a essas atividades. O projeto também envolve um conjunto de ações sociais vinculadas à gestão dos resíduos.
O projeto permitirá que a Caixa Econômica Federal planeje produtos de empréstimo para investimento no setor de resíduos sólidos, preparação e gestão de projetos de financiamento de carbono e estruturação de operações mistas (empréstimo/financiamento de carbono). Segundo o Bird, estas ações contribuirão para a expansão da capacidade do setor público, especialmente nos municípios e nas instituições financeiras, visando atrair investimentos privados para o tratamento final e a disposição de resíduos sólidos.
O Brasil tem sido um dos países mais proativos no aproveitamento das oportunidades de financiamento de carbono do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e ocupa atualmente o terceiro lugar no mundo (depois da China e da Índia) em número de projetos de MDL ativos. A iniciativa da Caixa Econômica Federal servirá de estímulo a novos projetos de carbono do Brasil no setor de gestão de resíduos sólidos, avalia o banco.
“Este projeto chega em um momento crucial, após a sanção da Política Nacional de Gestão de Resíduos Sólidos e deverá incentivar os investimentos no setor”, afirmou Paul Procee, gerente do Projeto pelo Banco Mundial. “O projeto contribuirá para o desenvolvimento de estratégias inovadoras e sustentáveis de gestão de resíduos sólidos, redução dos impactos sobre o meio ambiente e melhoria da qualidade de vida dos catadores de lixo que vivem e trabalham em condições nocivas à saúde.”


(Ambiente Energia)

domingo, 21 de novembro de 2010

Índios guaranis exigem respeito a seus direitos e cultura


Representantes dos índios guaranis de Brasil, Argentina, Bolívia e Paraguai exigiram nesta sexta-feira (19) que seus direitos e sua cultura sejam respeitados no final de um encontro em Assunção.
“Há 500 anos estamos sofrendo e até hoje não há uma política pública clara em educação, saúde e desenvolvimento, para nossos povos. As leis e os convênios são ratificados, mas não são cumpridos”, disseram os organizadores do encontro em comunicado reproduzido pela agência oficial “IP”.
Os líderes indígenas da região, que se reuniram durante cinco dias, encontraram-se nesta sexta-feira com o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, para informá-lo sobre as conclusões do encontro.
“Os índios guaranis exigem aos Governos de Paraguai, Brasil, Bolívia e Argentina o reconhecimento da Nação Guarani” e que nosso povo tenha os mesmos direitos quanto a saúde, educação e trabalho nos quatro países, ressalta o texto.
Os participantes do fórum também pediram que as concessões de suas terras às empresas “transnacionais, multinacionais e nacionais para sua exploração e devastação” tenham fim.
Além disso, solicitaram “a demarcação imediata de todas as terras guaranis” e “a punição para os que assassinaram líderes indígenas que lutavam pelos direitos de seus povos”.


(ambientebrasil/G1)

“Garimpeiros urbanos” buscam ouro no lixo eletrônico


Melhores tecnologias e regras ambientais mais exigentes reduziram o ciclo de vida de muitos aparelhos eletrônicos – e geraram uma indústria de lixo eletrônico que deve triplicar para US$ 15 bilhões nos próximos cinco anos.
Para as maiores empresas de gestão de resíduos – Waste Management, Waste Connections, Republic Services e IESI-BFC -o lixo eletrônico é apenas uma fração dos resíduos sólidos com que lidam.
Mas muitas estão se esforçando para crescer no setor.
“É uma parte pequena do negócio, mas pode crescer ao longo do tempo”, disse o analista da Morningstar Bradley Meeks.
A Waste Management, maior empresa do setor nos EUA, opera 200 centros de coleta de reciclagem de produtos eletrônico e planeja ter pontos de coleta em todo o país. Dos 8 centros que opera, três vêm de aquisições da companhia.
“Esperamos crescer ativamente neste setor e continuamos avaliando ambas as oportunidades orgânicas e de aquisição”, disse o vice-presidente de reciclagem e marketing da Waste Management, Matt Coz.
Neste momento em que a China – que produz mais de 90% dos metais de terras-raras do mundo, usados em lasers, supercondutores, computadores e muito mais – tem dificultado acordos sobre exportações, aumentou o interesse pela extração de metais preciosos de lixo eletrônico – algo conhecido como garimpo urbano.
Metais recuperados do lixo eletrônico são desde ouro, prata, cobre e alumínio até metais mais raros, como platina, gálio, índio e paládio.
Os metais mais preciosos são encontrados em CPUs, celulares e servidores, segundo John Shegerian, presidente-executivo da Electronic Recyclers International, uma das maiores recicladoras privadas de produtos eletrônicos.


(ambientebrasil/folha.com)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Projeto de lei pode aumentar desmate e enfraquecer Ibama

O governo quer aprovar no Congresso um projeto de lei que pode aumentar o desmatamento e reduzir o rigor nos licenciamentos ambientais.
O projeto, originário da Câmara e em tramitação no Senado, tira do Ibama o poder de fiscalizar desmates.
O texto original, do deputado Sarney Filho (PV-MA), regulamenta o artigo 23 da Constituição, que divide entre União, Estados e municípios a competência para agir na proteção do ambiente.
Mas uma emenda de última hora, de deputados da Amazônia, diz que a fiscalização ambiental só poderá ser feita pela esfera licenciadora. “Como são os Estados que licenciam desmatamento, se o cara podia desmatar 2 hectares e desmata 10, só quem vai poder multá-lo é o Estado”, diz Nilo Dávila, do Greenpeace. “Vai ser uma chuva de processos.”
O projeto de lei também determina que obras de impacto ambiental regional poderão ser licenciadas pelos Estados. Hoje o licenciamento é prerrogativa do Ibama.
O governo tem interesse na lei porque ela facilita a concessão de licenças para obras do PAC, como estradas – cujo impacto é muitas vezes limitado a um Estado.
Por isso, na semana passada, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) elencou o projeto na lista das cinco prioridades do governo para votação no Senado neste fim de ano.
Ambientalistas afirmam que delegar aos Estados o licenciamento de obras de grande impacto ambiental é um equívoco, já que os órgãos ambientais estaduais muitas vezes não têm capacidade e estão mais sujeitos a ingerências políticas.
O projeto está com o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), que deve dar um parecer sobre a lei em breve.

(ambientebrasil/folha.com)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Telhados brancos: proposta avança em São Paulo



A Câmara Municipal de São Paulo aprovou em primeira votação, na quarta-feira, dia 10 de novembro, o projeto de Lei 615/2009, do vereador Goulart, para que a população pinte os telhados de suas casas de branco, de modo a reduzir os efeitos do Aquecimento Global. O projeto é baseado na campanha One Degree Less, lançada no Brasil, que têm como principal objetivo a diminuição de um grau Celsius da temperatura da terra. Esta ação trata de um programa criado pela organização Green Building Council Brasil, uma empresa voltada para desenvolver a indústria da construção sustentável, fundada em março de 2007.
Entre as justificativas, Goulart aponta a redução no gasto com energia para o resfriamento dos imóveis, pois se as coberturas fossem pintadas de branco, iam refletir mais luz solar e absorver menos calor, pois a maioria deles são escuros e emitem apenas 20% da luz solar.
Os telhados pintados de branco, ou de outra cor clara, possuem reflexão de 60% ou mais, os efeitos de incidência solar diminuiriam, ou seja, a cada 100 metros quadrados pintados, compensaria 10 toneladas de emissão de CO2. Se em 20 anos todos as coberturas forem pintadas, teremos o efeito de tirar metade dos carro que rodam em todo o mundo a cada ano deste programa.

(Ambiente Energia)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Gestão de resíduos sólidos é tema de seminário internacional


O aproveitamento de gás metano produzido em lixões para geração de energia elétrica e a gestão e manejo de resíduos sólidos nestes locais são os principais temas do Seminário Internacional sobre Resíduos Sólidos, realizado em Brasília até 10 de novembro, no auditório da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Durante a abertura do evento, o secretário executivo do MMA, José Machado, disse que o Brasil experimenta um novo momento rumo à sustentabilidade com a aprovação da Lei Nacional de Resíduos Sólidos, que estabelece o marco regulatório para a gestão desse tipo de resíduo em todo o País.
Machado ressaltou a importância do seminário no mesmo ano em que a Política de Resíduos Sólidos foi aprovada. “As ações estabelecidas nesta política envolvem entidades produtivas, estados, setor privado e outras organizações, constituindo-se, assim, num vigoroso processo para a redução de emissões de gases-estufa.”
Para o secretário de Recursos Hídricos do MMA, Silvano Silvério, a questão dos resíduos sólidos no País tem caráter ambiental, social e econômico. “Os lixões ainda são muitos no Brasil, e esta é uma situação degradante do ponto de vista social e ambiental, pois a maioria deles está localizada em áreas de nascentes, mananciais e em locais próximos a rios, que estão sendo contaminados. Quem sofre diretamente com isso são as comunidades mais carentes situadas nas proximidades destes lixões”, avaliou.
Silvério explicou que em uma pesquisa feita pelo IBGE, no período de 2008, foi verificada diminuição de resíduos expostos em lixões – o que formou os chamados ‘aterros controlados’, classificados como intervenção intermediária entre o lixão e o aterro sanitário. “Apesar de haver uma cobertura dos resíduos em muitos destes locais, ainda não há a coleta seletiva de lixo nem o aproveitamento do gás metano”, disse.
Silvério contou, também, que já existe um aumento no potencial de municípios com aterros controlados e sanitários. As duas categorias somam juntas 49,2% de aterros controlados no País. A Política de Resíduos Sólidos prevê que o governo fomente, como alternativa institucional, a implementação de consórcios de aterros sanitários que possam atender a várias localidades, o que favorece o custo operacional destas estações.
“A discussão sobre o gás metano está relacionada diretamente ao impacto da geração de lixo no País. Hoje, 960 municípios contam com coleta seletiva no Brasil, mas apresentam uma baixa produtividade (apenas 3%) para o potencial desta atividade. Dos 97% dos resíduos sólidos domésticos recolhidos, somente 12% são reciclados”, alertou.
Silvério explicou que o custo de implantação de um aterro sanitário para receber os resíduos de 100 mil pessoas é de aproximadamente R$ 2,4 milhões. Mas alertou que o problema não se restringe apenas à implantação da estação, mas principalmente à sua gestão, e que a disseminação de pequenos aterros pode acarretar um grande passivo ambiental que depois pode se tornar difícil de solucionar.

Lixões – De acordo com especialistas na área, o Brasil ainda precisa avançar muito no que se refere ao manejo dos resíduos sólidos domiciliares. O País possui numerosos lixões onde os resíduos são lançados sem controle, o que provoca a contaminação do solo, do ar e das águas superficiais e subterrâneas.

No entanto, algumas iniciativas recentes já começam a surtir resultados ambientais, como o aproveitamento do gás metano para geração de energia elétrica. Globalmente, os lixões são responsáveis por 13% das emissões de metano, gás-estufa com poder 21 vezes superior ao do gás carbônico.
No contexto da nova legislação federal relativa aos serviços públicos de saneamento básico (Lei 11.445/2007) e da recente Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), vários estados também estão estimulando a regionalização da gestão dos resíduos sólidos por meio de consórcios públicos intermunicipais. Estas iniciativas têm o objetivo de promover a oferta de serviços públicos de qualidade, ambientalmente adequados e com custos menores.

Ação conjunta – O seminário está sendo promovido pela Associação Brasileira de Agências de Regulação em parceria com a National Association of Regulatory Utility Commissioners. A iniciativa conta ainda como o apoio da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento, da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental e da Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais.

Na programação serão abordados temas como planejamento, projetos, implantação e operação de aterros sanitários, além de aproveitamento energético do metano gerado nestes locais e as experiências dos Estados Unidos e do Chile. Outras ações em execução em diversas regiões do Brasil também serão apresentadas e discutidas, a exemplo dos aterros que atendem as cidades de Salvador, Belo Horizonte, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.


(ambientebrasil)

Egito transforma deserto em florestas utilizando água reaproveitada

O governo egípcio desafia a natureza ao regar áreas desérticas com água reaproveitada para convertê-las em florestas, cujas superfícies já equivalem ao território do Panamá.
A diferença verificada após a intervenção humana é significativa. Onde antes havia uma paisagem desértica e inóspita, agora há áreas verdes cobertas de árvores de alto valor econômico como álamos, papiros e eucaliptos.
Tudo isso foi possível graças à água que utilizam, poluem e desperdiçam todos os dias os 80 milhões de egípcios. Ironicamente, esta é a melhor opção para as chamadas “florestas feitas à mão”.
“A água residual pode transformar o que não é fértil, como o deserto, em algo fértil, já que contém nitrogênio, micronutrientes e substâncias orgânicas ricas para a terra”, disse à agência de notícias Efe o professor do Instituto de Pesquisa de Solo, Água e Ambiente Nabil Kandil, especializado na análise de terrenos desérticos adequados para o florestamento.
A opinião é compartilhada pelo professor do Departamento de Pesquisa de Contaminação da Água, Hamdy el Awady, que até ressalta a superioridade das plantas regadas com água reaproveitada.
“Esse tipo de água tem muito mais nutrientes do que a água tratada e, por isso, é uma fonte extra de nutrição que pode fazer com que as plantas resistentes aos climas hostis cresçam mais rápido e, inclusive, tenham folhas mais verdes”, explica El Awady.
Deserto é maioria - Os dois professores sabem bem da importância de equilibrar a oferta e a demanda em um país que produz 7 milhões de metros cúbicos de água residual ao ano e que, ao mesmo tempo, tem 95% de seu território coberto por desertos estéreis ou com pouca vegetação.
Ao todo, há 34 florestas ao longo do país, localizadas em cidades como Ismailia e Sinai, no norte, e em regiões turísticas do sul, como Luxor e Assuã, num total de 71,4 mil quilômetros quadrados que equivalem à superfície total do Panamá.
De acordo com o governo egípcio, há outras dez florestas em processo de “construção”, em uma área de 18,6 mil quilômetros quadrados.
Os mais de 71 mil quilômetros quadrados de floresta plantados até agora são resultado das análises de solo, clima e água que possibilitaram a escolha das espécies de árvores capazes de sobreviver em condições extremas.
“A boa notícia é que as plantas são seletivas. São elas que selecionam a quantidade de água e os nutrientes necessários para sobreviver”, explica El Awady.
A maioria das espécies cultivadas até agora é de árvores como álamos, papiros, casuarinas e eucaliptos, semeadas para responder à demanda de madeira do país, além de plantas para produzir biocombustíveis como a jatrofa e a jojoba, e para fabricar óleo, como a colza, a soja e o girassol.
Para Kandil, estes resultados são a prova de que o problema não é a terra, pois no Egito há de sobra, mas de onde extrair a água. Obtê-la das estações de tratamento primário – onde são eliminados os poluentes sólidos – foi a saída mais barata, especialmente porque os sistemas de irrigação que transportam e bombeiam o líquido são os mesmos utilizados há anos pelos camponeses egípcios.
Apesar desta água exigir precaução devido à presença de poluentes e aos impactos da mudança no ecossistema para a biodiversidade sejam desconhecidos, o projeto, implementado pelo Ministério de Agricultura em parceria com o de Ambiente, parece ter obtido sucesso.
De acordo com Kandil, as “florestas feitas à mão” não só combatem as secas, a desertificação e a erosão. “[Elas] aproveitam a água residual, maximizam o benefício para os agricultores e satisfazem as necessidades de madeira do Egito, gerando benefícios econômicos para o país”, acrescenta.

(Fonte: Folha.com)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

ECOBAG


Sabe aquela camiseta que você ganhou de bride e nunca usou, ou aquela outra que já está velha e só serve para usar dentro de casa? Agora ela pode ter uma nova serventia. Com alguns cortes e uma costura simples é possível transformar uma camisa comum em uma ecobag exclusiva e sustentável.

Materiais:

• Camisa de algodão;
• Alfinetes;
• Canela ou lápis;
• Prato;
• Tesoura;
• Máquina de costura.


1º passo: Retire as mangas

Estire sua camisa sobre uma mesa e corte as mangas. Certifique-se de não cortar as costuras, pois isso deixará a sua ecobag mais resistente.



2º passo: Retire a gola

Agora você irá recortar a gola, que será a alça da sua sacola. Mas antes, marque com o lápis ou canela o local exato do corte. Para facilitar a marcação, posicione o prato em cima da gola com metade do seu diâmetro sobre a camisa e a outra metade para fora. Agora é só marcar e recortar. Quando maior o círculo, mais fina (e frágil) será a alça



3º passo: Marque o local da costura

Vire a camiseta ao avesso e marque com os alfinetes o local onde irá costurar a base da sua futura ecobag. É nesse momento também que você irá definir o comprimento da sua bolsa.



4º passo: Costure

Chegou o momento de usar a máquina de costura para fechar o fundo de sua sacola. Pode usar o tipo de costura que preferir. Para torná-la ainda mais forte, reforce a costura do fundo e das quinas da ecobag. Você ainda pode colocar bolsos na parte de dentro da sacola.



Está pronta!





(Eco Desenvolvimento)

Educação Ambiental



No ambiente urbano das médias e grandes cidades, a escola, além de outros meios de comunicação é responsável pela educação do indivíduo e conseqüentemente da sociedade, uma vez que há o repasse de informações, isso gera um sistema dinâmico e abrangente a todos.
A população está cada vez mais envolvida com as novas tecnologias e com cenários urbanos perdendo desta maneira, a relação natural que tinham com a terra e suas culturas. Os cenários, tipo shopping center, passam a ser normais na vida dos jovens e os valores relacionados com a natureza não tem mais pontos de referência na atual sociedade moderna.A educação ambiental se constitui numa forma abrangente de educação, que se propõe atingir todos os cidadãos, através de um processo pedagógico participativo permanente que procura incutir no educando uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais.
O relacionamento da humanidade com a natureza, que teve início com um mínimo de interferência nos ecossistemas, tem hoje culminado numa forte pressão exercida sobre os recursos naturais.
Atualmente, são comuns a contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica, a devastação das florestas, a caça indiscriminada e a redução ou mesmo destruição dos habitats faunísticos, além de muitas outras formas de agressão ao meio ambiente.
Dentro deste contexto, é clara a necessidade de mudar o comportamento do homem em relação à natureza, no sentido de promover sob um modelo de desenvolvimento sustentável (processo que assegura uma gestão responsável dos recursos do planeta de forma a preservar os interesses das gerações futuras e, ao mesmo tempo atender as necessidades das gerações atuais), a compatibilização de práticas econômicas e conservacionistas, com reflexos positivos evidentes junto à qualidade de vida de todos.

(Ambiente Brasil)

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Amazônia ganha 1 nova espécie a cada 3 dias



A enorme biodiversidade da Amazônia é velha conhecida dos cientistas, mas agora eles estão mais próximos de quantificá-la. Um novo relatório mostra que, entre 1999 e 2009, foram registradas 1.222 novas espécies na região – o equivalente a um novo achado a cada três dias. Isso significa que, sozinha, a floresta amazônica revelou mais espécies do que a soma de outros biomas reconhecidamente biodiversos, como Bornéu e a bacia do rio Congo, no mesmo período.
Entre as novidades estão tipos de piranhas, macacos, papagaios, sapos, um boto-cor-de-rosa e até uma gigantesca sucuri. Os dados estão no relatório “Amazônia Viva!”, que acaba de ser lançado pela ONG WWF.
O documento compila dados de oito países e da Guiana Francesa (território francês), locais por onde se estende o bioma amazônico.
O resultado só considera os vertebrados. De acordo com o relatório, “milhares de invertebrados documentados” ficaram de fora.
“O número impressionante de descobertas mostra que, se aumentarmos o esforço de pesquisa, temos potencial para localizar ainda mais espécies”, afirma Mauro Armelin, mestre em ciências florestais e coordenador do Programa da Amazônia da WWF-Brasil.
O Brasil, país que tem a maior “fatia” da floresta, destacou-se com seus primatas. Das sete novas espécies, seis estão em território nacional.
Contando com eles, foram registrados 39 mamíferos. Na Bolívia, foram encontradas novas espécies de botos, que se distinguiriam de seus “parentes” brasileiros por terem corpo e cabeça menores, além de mais dentes.
As plantas são responsáveis pela maior parte das novas espécies. Foram 637 na última década.
Os peixes vêm atrás, com 257 novos registros. Também foram contabilizados 216 novos anfíbios, 55 répteis e outras 16 aves.
Apesar de recém-descobertas, muitas das novas espécies já estão em perigo.
A pressão da agricultura, a expansão da pecuária e a construção de grandes hidrelétricas na região ameaçam o habitat de espécies que dependem de um frágil equilíbrio para sobreviver.
É o caso do Coendou roosmalenorum, um minúsculo ouriço encontrado nas margens do rio Madeira, em Rondônia. O bichinho foi descoberto durante uma expedição de resgate de fauna na área, afetada pela construção da hidrelétrica Samuel.
“Quanto maior o potencial de retorno econômico ligado ao habitat dessas espécies, mais ameaçadas elas estão”, disse Mauro Armelin.
Segundo o coordenador, o Estado tem um papel importante para a preservação das novas e das antigas espécies.
“O BNDES financia grandes obras de infraestrutura aqui e no exterior. É preciso ligar essas ações aos esforços de preservação”, avalia.
O relatório completo estará disponível para o público no site da WWF-Brasil, em inglês e em português.


(ambientebrasil)

Decreto regulamenta Fundo Nacional do Clima



O presidente Lula assinou nesta terça-feira (26), o decreto que regulamenta o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC ou Fundo Clima), o primeiro no mundo a utilizar recursos oriundos da participação especial dos lucros da cadeia produtiva do petróleo para financiar ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas e seus efeitos.
A partir de agora, o Comitê Gestor do Fundo – instituído pelo decreto e coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, composto por representantes governamentais, comunidade científica, empresários, trabalhadores e organizações não governamentais – terá condições de administrar, acompanhar e avaliar a aplicação dos recursos em projetos, estudos e empreendimentos de mitigação e adaptação da mudança do clima e seus efeitos.
“O Ministério do Meio Ambiente está consciente do papel estratégico que esse Fundo desempenhará na promoção do modelo de desenvolvimento sustentável de baixo carbono que consolidará o Brasil numa grande potência do século 21″, enfatizou o ministro interino do Meio Ambiente José Machado durante a cerimônia.
O Fundo Clima deverá apoiar atividades voltadas para o combate à desertificação, à adaptação à mudança do clima, ações de educação e capacitação, projetos de REDD+, desenvolvimento de inclusão de tecnologias, formulação de políticas públicas, apoio a cadeias produtivas sustentáveis, pagamento por serviços ambientais, entre outras atividades.
Para 2011, o Comitê dispõe de um orçamento de R$226 milhões, sendo R$ 200 milhões reembolsáveis para empréstimos e financiamentos voltados para a área produtiva, cujo agente financeiro será o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os outros R$ 26 milhões serão administrados pelo MMA para investir em projetos de pesquisa, mobilização e avaliações de impacto das mudanças do clima, podendo ser repassados para estados e municípios por meio de convênios e termos de cooperação. Trata-se do orçamento inicial, podendo o Fundo ainda receber recursos de outras fontes, inclusive doações internacionais, que venham a ser estabelecidos no âmbito da Convenção do Clima.
“O Fundo Clima não onera a população brasileira, já que os recursos financeiros são oriundos da participação especial dos lucros da cadeia produtiva do petróleo, podendo ainda recepcionar outras fontes de recursos”, explicou José Machado.
A assinatura do decreto aconteceu durante a reunião anual do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas com o Presidente da República, ocasião na qual o Governo Brasileiro, desde 2004, antecipa à sociedade seu posicionamento em relação às negociações internacionais e apresenta os seus resultados e proposições para o futuro na temática da mudança do clima.
O presidente Lula destacou que a reunião serviu para mostrar que o Brasil pode se orgulhar muito das políticas ambientais que vem adotando nos últimos anos e a agenda voltada para as mudanças climáticas sintetiza os esforços e os resultados de uma série de ações que vêm sendo conduzidas com sucesso pelo nosso Governo em parceria com vários setores da sociedade brasileira , disse Lula.
No ano passado, após a Conferência do Clima em Copenhague (COP 15), o Brasil aprovou a Política Nacional sobre a Mudança do Clima e assumiu voluntariamente o compromisso em reduzir, até 2020, as emissões projetadas de gases do efeito estufa, entre 36% e 39%. De acordo com o presidente Lula, desde que o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm) foi instituído em 2003, o Brasil evitou a emissão e 2,9 bilhões de tCO2eq (toneladas de carbono equivalente) e o País tem o menor índice de desmatamento dos últimos 21 anos.
“Se mantivermos esse ritmo, a meta anunciada na COP 15 será antecipada em quatro anos. Teremos reduzidos em 80% o desmatamento ainda em 2016 e não em 2020 como nós estávamos prevendo”, garantiu o presidente lembrando que a meta deverá ser superada mesmo o Brasil vivendo um momento de grande crescimento econômico.
“A operacionalização do Fundo Clima será mais uma grande conquista do Brasil a se juntar a tantas outras no combate às mudanças do clima, das quais a queda consistente e radical das taxas de desmatamento na Amazônia e no Cerrado”, reforçou José Machado.
Planos - Na mesma cerimônia, o secretário-executivo do Fórum, Luiz Pinguelli, recebeu os sumários executivos dos cinco planos de ação que reúnem diretrizes e ações estratégicas voltadas para a redução voluntária da emissão de gases previstos na Política Nacional sobre Mudança do Clima, aprovada em 2009, correspondentes aos compromissos assumidos em Copenhague (COP 15). Dois planos trazem as ações para prevenção e controle do desmatamento – Amazônia e Cerrado – e os outros três são específicos para os setores de energia, agricultura e siderurgia.
“O Fundo certamente terá papel preponderante para apoiar muitas das ações estratégicas de combate às mudanças do clima identificadas nos planos setoriais recebidos pelo Fórum”, afirmou o ministro interino do Meio Ambiente.
A elaboração desses planos contou com a participação de diversos segmentos da sociedade representativos dos setores e no Fórum serão discutidos e aprofundados em uma reunião específica, prevista para ocorrer em 5 de novembro deste ano.
A próxima reunião do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas vai ainda preparar a estratégia do Brasil na 16ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP16), que se realizará entre 29 de novembro e 10 de dezembro em Cancún, no México.
Inventário – Durante a reunião do Fórum, o Ministério da Ciência e Tecnologia também apresentou o segundo Inventário Nacional de Emissões Antrópicas por Fontes e Remoções por Sumidouros de Gases de Efeito Estufa, para o período de 1990 a 2005.
De acordo com o documento, o pico de emissões líquidas de 2,675 Gt de CO2eq aconteceu em 2004, quando ainda era alto o índice de desmatamento de florestas, principalmente na Amazônia. No entanto, com as políticas de redução de desmatamento e o monitoramento constante, as taxas caíram radicalmente, de forma que em 2009 as emissões líquidas caíram para 1,775 Gt de CO2eq, uma redução de 33,6% em cinco anos.
O inventário faz parte da Segunda Comunicação Nacional sobre o status da implementação da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima no Brasil. Ele reúne informações sobre as emissões nos diversos setores da atividade econômica e avança em cinco anos o período estabelecido pelas diretrizes da Convenção que era de 1990 a 2000.
O documento atualiza os dados de 1990 a 1994 e apresenta novas informações para o período de 1995 a 2005. Mais de 600 instituições e cerca de 1.200 especialistas de diversos setores – energético, industrial, florestal, agropecuário, de tratamento de resíduos – foram mobilizados para sua elaboração.

(ambientebrasil)

Tratamento de resíduos sólidos é desafio para governantes e sociedade


Acabar com os grandes depósitos de lixo que existem no país, os chamados lixões, e promover o tratamento dos resíduos sólidos de forma adequada é o grande desafio do país e uma das prioridades da agenda ambiental. O problema – a destinação dos resíduos sólidos – voltou aos grandes debates nacionais com a aprovação, em agosto, da Política Nacional sobre Tratamento de Resíduos Sólidos, que estava em tramitação há 19 anos no Congresso Nacional.
O diretor do Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do Ministério do Meio Ambiente, Geraldo Abreu, deu destaque à importância da conscientização de gestores e da sociedade sobre o tema em palestra, na semana passada, no 1º Fórum sobre Resíduos Sólidos da Universidade de Brasília (UnB), na Faculdade de Educação.
O encontro marcou o início da implantação do sistema de coleta seletiva da instituição, que criou o Programa Recicla UnB. “O Brasil deve fazer a sua parte no sentido de garantir melhor qualidade de vida para as gerações futuras e dar a sua contribuição para a sobrevivência do planeta”, disse Abreu.
Ele recomenda, para que haja bons resultados numa política que trata da destinação do lixo, o compartilhamento de ações entre os gestores e a sociedade. Segundo Abreu, o governo federal vem abrindo linhas de financiamento e incentivando os estados e municípios a trabalharem de forma integrada na área da reciclagem de resíduos. Ele observou que, na construção civil, 80% das sobras podem ser recicladas, evitando que os aterros fiquem sobrecarregados recebendo apenas os rejeitos, ou seja, o que realmente for considerado inutilizável.
O diretor apontou a área de resíduos biológicos como uma das mais preocupantes, porque envolve necessidade de um tratamento mais delicado por causa do grau de toxicidade. “São resíduos perigosos, que podem contaminar lençóis freáticos e cursos d’água”.
Abreu enfatizou que, na política de resíduos sólidos, o objetivo não é “conter o consumo por parte da população, mas educar para consumir sem poluir o meio ambiente”. Segundo ele, o país passou “dezenas de anos tratando mal o meio ambiente”. O cenário mudou, na sua opinião, com a aprovação da legislação sobre a gestão de resíduos, em 2005, a aprovação da lei de saneamento, em 2007, e agora, com a lei que fixa regras para tratamento dos resíduos sólidos.


(ambientebrasil)