segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Edital seleciona projetos para resgate de dados da flora brasileira



Até o dia 25 de outubro pesquisadores podem enviar propostas para o resgate de dados sobre a flora brasileira. O Edital 056/2010 foi lançado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq/MCT, e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, FNDCT, em parceria com o Ministério da Educação, MEC, com a Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Capes, e com as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, FAPs.

Segundo a assessoria de comunicação, deverão ser avaliadas informações das amostras da flora brasileira coletadas até o século 20 e por missões estrangeiras e depositadas no Royal Botanic Gardens (RBG) de Kew, Inglaterra, e Muséum National d’Histoire Naturelle (MNHN) de Paris, França.
O investimento total estimado é de R$ 17 milhões, sendo que cada proposta vai receber no máximo R$ 200 mil para projetos individuais, e R$ 600 mil para projetos de redes, para gastos com capital, custeio e bolsas.
O edital pretende ampliar o desenvolvimento científico e tecnológico resgatando as informações e disponibilizando os dados online, no Herbário Virtual para o Conhecimento e Conservação da Flora Brasileira, Reflora.
O autor da proposta deve ser doutor e ter o currículo cadastrado na Plataforma Lattes, e ser obrigatoriamente o coordenador do projeto, com vínculo celetista ou estatutário com a instituição executora. Os projetos devem ter prazo máximo de execução de 36 meses.
Os projetos devem ser encaminhados ao CNPq pela internet, por intermédio do Formulário de Propostas Online, disponível na Plataforma Carlos Chagas. O resultado da seleção deve ser divulgado no dia 15 de novembro. O edital completo pode ser consultado no endereço: http://www.cnpq.br/editais/ct/2010/056.htm

(ambientebrasil)

domingo, 12 de setembro de 2010

Cidades já consomem 70% dos recursos naturais do planeta

Dados da Organização das Nações Unidas constatam que mais da metade da população mundial está nas cidades e já é responsável pelo consumo de 70% de todos os recursos que o homem retira da natureza. Até 2050, com a estimativa de que a população do planeta supere 9,2 bilhões, a Terra terá 6 bilhões de habitantes, quase 90% da população atual, vivendo no espaço urbano. Diante desses números, governos estaduais, prefeituras e comunidades precisam reconhecer o valor do capital natural (água, solo, biodiversidade). Os formuladores de políticas públicas têm razões de sobra para tentar encontrar, o mais rápido possível, soluções de combate à degradação dos ecossistemas e minimização da perda da biodiversidade.
O alerta está no relatório A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade para Políticas Locais e Regionais (TEEB, sigla em inglês) , lançado simultaneamente no Brasil, em workshop realizado nesta quinta-feira (9) em Curitiba (PR), na Bélgica, Índia, Japão e na África do Sul. Nele, 140 especialistas das áreas de ciência, economia e política de mais de 40 países concluíram que os serviços ambientais podem impulsionar as economias locais, gerar milhões de novos empregos e melhorar a qualidade de vida nas cidades.
Segundo o diretor do Departamento de Biodiversidade do MMA, Bráulio Dias, que representou a ministra Izabella Teixeira no encontro, o relatório é importante para que os gestores públicos reconheçam o valor econômico da biodiversidade . Par ele, o documento pode ajudar na solução do impasse entre preservação ambiental e desenvolvimento econômico. Mostra (o TEEB) que os serviços ambientais têm o papel de reduzir os impactos ecológicos do desenvolvimento .
O documento reconhece e recorre a dados e exemplos para demonstrar que ecologia e economia não só podem, como devem, caminhar juntas nas políticas públicas. O relatório levanta, principalmente, a questão de valoração e impacto do uso e preservação dos recursos naturais. Os atuais níveis da pegada ecológica e social, nome que os especialistas dão aos recursos naturais necessários para que cada ser humano viva, devem ser incluídos nas contas de planejamento das economias locais. Bráulio cita como exemplos recentes enchentes e desmoronamentos no Brasil com prejuízos econômicos elevados, e bem superiores ao que seria gasto com medidas de preservação do meio ambiente.
O relatório chama a atenção em três aspectos para as quais as políticas públicas precisam estar voltada: a distribuição dos benefícios da natureza, o uso do conhecimento científico disponível e o engajamento dos gestores e das comunidades envolvidas nas ações de preservação. O relatório estuda, ainda, áreas protegidas e o aumento dos benefícios locais da conservação, e dá orientações sobre os incentivos de recompensa da boa administração de capital natural local, tais como sistemas de pagamento localmente adaptados por serviços ambientais, certificação e rotulagem.
Esse é o primeiro de uma série de cinco relatórios, que serão levados à Convenção da Biodiversidade (COP-10) em Nagoya, no Japão. Ele contribui também para o Atlas Ambiental online da Agência Europeia de Meio Ambiente, com estudos de vários esforços que já vêm sendo feitos para associar ecossistemas e a biodiversidade nas iniciativas de políticas locais. Segundo Achim Steiner, diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, um dos organismos que realizam o workshop, alguns governos locais já acordaram para o problema da preservação ambiental e têm adotado as medidas necessárias, com ganhos para suas economias locais. Mas muitos ainda precisam aderir , acredita.


(Fonte: Paulenir Constâncio/ MMA)
            ambientebrasil

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Desmatamento representa mais de 75% das emissões de CO2



O desmatamento e as queimadas respondem por mais de 75% das emissões brasileiras de dióxido de carbono (CO2), segundo dados dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2010 (IDS 2010) divulgados na última quarta-feira (1º). De acordo com a publicação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), esses dois fatores são responsáveis por colocar o Brasil entre os dez maiores emissores de gases-estufa do mundo.
Enquanto em outros países a elevação de CO2 é geralmente atribuída a combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural), no Brasil, contudo, o principal agente é a destruição da vegetação natural, principalmente na Amazônia e no Cerrado. Mesmo praticadas em períodos irregulares, as queimadas são comuns no país para a renovação de pastagens e preparo de novas áreas para agricultura.
Embora aponte tendência de queda no desmatamento em todos os nove estados que abrangem a Amazônia
Legal, o IBGE estima que a área total desmatada em 2009 se aproxima dos 20% da área original da Amazônia. Entre 2002 e 2008, as unidades da federação que tiveram maior área desmatada do Cerrado em números absolutos foram Mato Grosso (17.598 km²), Maranhão (14.825 km²) e Tocantins (12.980 km²).
Fogo – A pesquisa indica tendência de queda no número de queimadas de 2005, mas, como se baseia em dados até 2009, não leva em conta a onda de queimadas que atinge o país neste ano.
Nas terras indígenas e unidades de conservação, o fogo geralmente se origina fora de seus limites, em propriedades rurais.
Em relação aos municípios que sofrem com a poluição de ar, as queimadas foram apontadas como causa mais frequente apontada, com 63,5%, número superior aos referentes às indústrias e carros.

(ambientebrasil - Fonte: Portal Terra)

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O direito humano à água


No dia 28 de julho, a Assembléia Geral das Nações Unidas declarou “o direito à água potável, limpa e segura, e ao saneamento como um direito humano que é essencial para o pleno gozo da vida e de todos os direitos humanos.” (1)
Isso veio de surpresa; não por a resolução ter sido adotada, mas porque significa que até agora o acesso à água doce, limpa e segura, NÃO tinha sido reconhecido como um dos mais básicos direitos de cada ser humano!
Dito o anterior, é claro que nós damos as boas vindas a essa declaração, que consideramos um marco para abordar os problemas que atualmente enfrentam quase 900 milhões de pessoas no mundo todo, que não têm acesso à água limpa – e muitas mais que poderiam enfrentar o mesmo destino no futuro próximo.
Também damos as boas vindas ao fato de a resolução apelar para os Estados e as organizações internacionais “a fim de intensificarem os esforços para providenciar água potável segura, limpa, física e economicamente acessível, e saneamento para todos.”
Um terceiro motivo para dar as boas vindas à declaração é o fato de ela abrir as portas para um debate muito necessário sobre uma série de problemáticas cruciais, que abrangem desde a posse da água até as medidas que garantam que a água permaneça segura, limpa, física e economicamente acessível.
A respeito da posse da água, a questão mais óbvia parece ser a incompatibilidade entre a água como direito humano básico e sua apropriação por parte de companhias privadas com fins lucrativos. Para a maior parte das pessoas, a luta está, portanto, focalizada contra a privatização da água doce e em prol de ser devolvida às companhias estatais ou de permanecer em suas mãos.
Apesar de concordarmos com o acima mencionado, há outras formas de apropriação menos visíveis que gostaríamos de focalizar, que estão ligadas com várias de nossas áreas de trabalho.
A primeira questão é o papel primordial que as florestas têm na conservação do ciclo hídrico. Quando vastas áreas de florestas são destruídas pela extração industrial de madeira ou pela conversão à agricultura e à criação de gado em grande escala, isso impacta sobre todo o regime hídrico- de mudanças nos padrões das chuvas ao assoreamento dos cursos de água- que resulta em diminuição da disponibilidade e qualidade da água. A destruição das florestas pode, portanto, também ser considerada como uma forma de apropriação- através da destruição- da água.
Outra forma oculta de apropriação da água diz respeito às atividades que poluem os recursos hídricos tais como a mineração, a exploração de petróleo e a agricultura industrial. Os produtos químicos usados ou liberados por essas atividades desprovêem as comunidades locais da até então água doce, segura e limpa. Para eles, sua água foi apropriada por esses poluidores.
Uma forma de apropriação mais direta resulta das plantações de árvores de rápido crescimento em longa escala que consomem milhões de litros de água diários, privando os usuários locais e rio abaixo da água que necessitam.
Os poucos exemplos acima mencionados mostram que a intensificação dos esforços para providenciar água doce segura, limpa, física e economicamente acessível não é apenas uma questão de providenciar “recursos financeiros, capacitação e tecnologia através de ajuda e cooperação internacional, em particular aos países em desenvolvimento” (como expressa o artigo 2 da resolução das Nações Unidas). Mesmo necessárias, tais ações não são suficientes.
Afinal, o que mais importa é abordar as causas da depleção da água e da poluição e priorizar a conservação da água- em quantidade e qualidade- em todos os investimentos econômicos. Isso significa que nenhuma atividade que veia exaurir ou poluir os recursos hídricos já não deveria ser aceitável.
Devido a o direito à água potável, segura e limpa ter sido finalmente reconhecido como um “direito humano que é essencial para o pleno gozo da vida e de todos os direitos humanos,” agora os cidadãos têm o direito e os governos, a obrigação de torná-lo realidade.

(1) A resolução recebeu 122 votos a favor e nenhum voto contra, enquanto 41 países se abstiveram do voto. As abstenções foram: Armênia, Austrália, Áustria, Bósnia e Herzegovina, Botswana, Bulgária, Canadá, Croácia, Chipre, República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Etiópia, Grécia, Guiana, Islândia, Irlanda, Israel, Japão, Kazakhstan, Quênia, Látvia, Lesoto, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Nova Zelândia, Polônia, República da Coréia, República da Moldova, Romênia, Eslováquia, Suécia, Trinidad e Tobago, Turquia, Ucrânia, Reino Unido, República Unida da Tanzânia, Estados Unidos, Zâmbia.

(Potal Ecodebate)

Carroça Literária



Após participarem do curso “Entre na Roda” (patrocinado pela Volkswagen), discutindo a importância da leitura, alguns educadores da Escola Municipal Rio do Peixe II em Três Corações – Minas Gerais, criaram o “Carroça Literária”.
O projeto tem como objetivo incentivar a leitura e levar livros, informação e cultura as famílias que moram nos arredores da escola que fica localizada na zona rural.
Já aconteceram cinco eventos até o momento, com rodas de poesia, leitura de jornais e revistas da semana e apresentações musicais e teatrais envolvendo toda a comunidade.
Tudo isso foi possível, pois o projeto contou com uma doação de novecentos títulos, e para dar continuidade a essa bela iniciativa os envolvidos estão buscando novos apoiadores.




O próximo “Carroça Literária” deve acontecer no dia 25/09/2010.


Mais informações: www.tricor.com.br/seduc